A Área Metropolitana de Lisboa lançou um concurso público internacional para a aquisição do serviço público de transporte rodoviário de passageiros para a região metropolitana de Lisboa.

O concurso assenta em duas grandes novidades.

A primeira grande novidade está no facto dos 2,7 milhões de utentes dos 18 municípios da região metropolitana de Lisboa passarem a poder usufruir de um serviço rodoviário que irá circular com uma única imagem e marca: Carris Metropolitana.

Ou seja, frotas com uma mesma imagem (Carris Metropolitana), ainda que trabalhada por diferentes operadores privados ou municipais (caso da própria Carris na cidade de Lisboa).

“É com expectativa que nós vemos a opção que vai ser desenhada” – ministro do ambiente e da ação climática, João Matos Fernandes.

A segunda grande novidade consiste no facto de, com este procedimento, a Área Metropolitana de Lisboa passar a gerir todos os transportes públicos na sua área de influência.

Nesse contexto, a rede foi desenhada durante cerca de um ano pela Área Metropolitana de Lisboa e pelos 18 municípios envolvidos, procurando ter em consideração os trajetos que as pessoas mais utilizam ou a que têm mais necessidade de recorrer em toda a Área Metropolitana de Lisboa.

É obviamente de esperar que a esmagadora maioria das carreiras atuais se mantenham, porém é igualmente certo que haverá ajustes e acrescentos à malha atualmente existente.

1200 milhões de euros

No valor de 1200 milhões de euros, o concurso rodoviário, o maior em curso no país, servirá para aumentar a oferta em mais de 40% face aos atuais serviços, dando continuidade a “uma revolução na mobilidade da região metropolitana de Lisboa sem paralelo nas últimas décadas”, de acordo com o primeiro-secretário metropolitano, Carlos Humberto de Carvalho.

A rede está subdividida em quatro lotes, dois na margem sul de Lisboa e dois na margem de norte da capital:

  • Noroeste, que abrange os municípios da Amadora, Oeiras e Sintra e intermunicipais de ligação a Lisboa e Cascais;
  • Nordeste, com carreiras nos concelhos de Mafra, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira e intermunicipais de ligação a Lisboa;
  • Sudoeste, para os municípios de Almada, Seixal e Sesimbra e intermunicipais de ligação ao Barreiro e Lisboa;
  • Sudeste, que contempla os concelhos de Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal e intermunicipais de ligação ao barreiro e Lisboa.

O concurso vai cobrir a região metropolitana de Lisboa com 578 linhas rodoviárias, que consubstanciam “novas linhas, novas ligações que não existiam até agora, mais oferta nas ligações existentes, mais pontualidade, menos intervalo entre autocarros, mais horários noturnos, ao fim-de-semana e em horas de ponta”, segundo Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa que é também presidente da Área Metropolitana de Lisboa.

578 LINHAS RODOVIÁRIAS E MAIS 40% DE OFERTA

O concurso resulta de imposições comunitárias que exige a realização de um concurso internacional para a operação privada de transporte público rodoviário.

O resultado do concurso, que tem uma abrangência temporal de sete anos, será materializado no decorrer do segundo semestre de 2021.

O critério de adjudicação será a melhor relação qualidade-preço.

Mais em detalhe, o critério relativo à qualidade terá uma ponderação de 15%, ao passo que o critério relativo ao custo terá uma ponderação de 85%.

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