energias renováveis

O mais recente relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA – International Renewable Energy Agency) refere que, para se atender às necessidades de redução das emissões acordadas no Acordo de Paris, é imperativo aumentar a velocidade de adoção das energias renováveis à escala global em, pelo menos, seis vezes.

“O sistema de energia exige uma rápida e imediata e mudança sustentável”

Adnan Z. Amin, director geral da IRENA

No documento “A road to 2050” (“Um Roteiro para 2050”) da IRENA, é defendida a necessidade da quota global de energia renovável passar de cerca de 15% do fornecimento energético primário total em 2015 para cerca de dois terços, em 2050.

Segundo este relatório, este reforço é exequível por parte dos grandes mercados energéticos mundiais, caso da China (cuja utilização de energia renovável pode passar de 7% em 2015 para 67% em 2050), da União Europeia (que tem potencial para elevar a quota das renoiváveis de 17% para 70%) e dos EUA e Índia, nações onde o peso das fontes de energia não poluentes podem elevar-se até perfazerem dois terços.

“Não obstante o crescimento económico e da população, isto pode ser alcançado através do incremento da eficiência energética”, refere este levantamento.

Mais de 11 milhões de empregos

De acordo com este documento, um aumento do investimento neste sistema energético alternativo pode vir a criar mais de 11 milhões de empregos, compensando as expectáveis perdas na indústria ligada diretamente aos combustíveis fósseis.

O Acordo de Paris é um acordo mundial sobre as alterações climáticas alcançado em 12 de dezembro de 2015, em Paris.

O Acordo de Paris, que foi negociado durante a 21ª Conferência das Partes (COP21) no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC – sigla em inglês), apresenta um plano de ação destinado a limitar o aquecimento global e abrange o período a partir de 2020.

Objetivo a longo prazo: manter o aumento da temperatura média mundial abaixo dos 2 °C em relação aos níveis pré-industriais e em efetuar os necessários esforços para limitar essa subida a 1,5 °C.

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